Os Monstrengos do Telmo

Minha formação de comics americanos, eu sempre digo, acho que me prejudicou um pouco. Verdade. Quem pode levar a sério heróis fantasiados? Bom, tem uma gurizada que leva... e eu levava também. Estes dias comprei uns quinze gibis do tempo que eu lia. Coisas de 20 anos atrás. Pura nostalgia, claro. É incrível como tudo é bobo. Mas tinha as coisas boas. Já ali aparecia o Frank Miller desenhando o Demolidor. Esse cara, alguns anos depois, iria revolucionar o mercado de quadrinhos adultos lançando Batman - O Cavaleiro das Trevas. Quem não conhece, não torça o nariz. Aquilo foi fantástico, um divisor de águas. Depois o Frank escreveu e o David Mazzuchelli desenhou, Batman - Ano I. Bah! Até hoje não sei o que é melhor: se o Cavaleiro das Trevas ou o Ano I. Eu quase choro quando leio (tá certo que sou um escorpiano sentimental). E aí o Frank Miller fez Ronin, Wolverine, Sin City (essa vocês conhecem, né?), Os 300 de Esparta... sempre genial. Só errou a mão (na minha opiniãozinha) quando fez o Cavaleiro das Trevas II (eu só li o número 1, posso estar sendo injusto). Ah, nos gibizinhos que comprei também tem os X-Men do John Byrne, que não é genial como o Miller, mas desenha pra caramba.
Bom, eu não sou genial como o Frank Miller e não desenho como o John Byrne, só fiquei com os resquícios desta formação. É como música: já gostei de virtuosismo de guitarra, hoje gosto de rock`n roll, mas se vejo uma Ibanez reluzindo numa loja, dá uma vontade de encarnar o Yngwie Mallmsteen...