Páginas (punks) da minha vida
Ei, Emerson... lembra desta? Nós éramos jovens e iríamos mudar o mundo (talvez pra pior, mas ele piorou sem a nossa ajuda mesmo).
domingo, julho 30, 2006
Mesa de trabalho
Quando eu era criança pequena, lá em Canoas, tinha o mau hábito de desenhar nas classes. Os alunos dos outros turnos deixavam recados pra mim: pára de desenhar na classe, abestalhado!, ou: Bah, legais os teus desenhos!
Hoje eu não desenho nem onde é necessário (rs). Mas num que outro rabisco sem pretensão saem coisas que dá pra dar uma trabalhada no Photoshop.
Hoje eu tô pedante
"Não há ciência absoluta que explique o estudo da personalidade humana. COMPREENDER É CRIAR. A mulher que amamos é obra nossa. O autêntico namorado, como o grande pintor, é aquele ser excepcional que possui o dom de embelezar o objeto de seu amor, elevando-o além do nível comum da vida, dando à sua apoteose, não obstante, uma base real".
O Ídolo Caído - Robert Louis Stevenson.
Entre ratos e livros (suis je)
Ratos. Hoje tava pensando nos livros que li e que têm ratos. É impressionante como eles estão presentes:
1984/George Orwell - Ratos são o grande medo do personagem principal e o Big Brother vai usá-los pra fazer com que o cara abra mão de tudo, inclusive do seu amor. É o meu livro mais assustador de todos os tempos.
O Rei de Havana/Pedro Juan Gutiérrez - No final do livro o "Rei" de Havana está vivendo em meio a um lixão e zelando pelo cadáver da namorada (que o mesmo matou a facadas) quando os ratos decidem disputar na força o "quitute" que é um corpinho putrefato de alguns dias. O cara morre delirando por causa da febre que se origina das mordidas dos ratos. Caracas... esse livro também é punk! Já no começo o irmão do "Rei" se atira de um telhado logo após ter matado a mãe - por acidente - quando a velha flagra os dois se masturbando olhando pra vizinha (que sabia estar sendo observada) do prédio ao lado. Uhhuuuu...
Os Ratos/Dyonélio Machado - Umas das poucas leituras prazerosas do vestibular. O velho Dyonélio tinha as manhas. O romance é tri bem escrito. Se passa na Porto Alegre dos bondes e os mais desavisados podem muito bem pensar que estão lendo uma história ambientada no Rio de Janeiro. Os ratos aí são uma metáfora (embora existam fisicamente no romance), mas eu sou péssimo pra explicar metáforas. Leiam o livro, é ótimo.
Um Dia na Vida de Ivan Denissovitch/Alexander Soljenitsen - Li há tanto tempo este livro, lembro muito pouco dele. No filme As Invasões Bárbaras o personagem principal (meu herói mulherengo, bebedor de vinho e intelectual morrendo de câncer e amenizando o sofrimento com doses de heroína enquanto não comete um suicídio honroso) fala muito do Arquipélago Gulag, também do Soljenitsen. Vou lê-lo um dia, mas riicumeeendo esse que já li. Literatura russa... já sabe, né? Imagine tudo aquilo numa prisão na Sibéria onde a disputa por um naco de pão tem requintes de estratégia e inteligência (e onde um naco de pão na refeição diária faz alguma diferença), imagine os forçados tendo de trabalhar no frio e torcendo por uma temperatura amena (20 graus negativos já está bom, pra eles que encaram até -40ºC). Bah... eu, dostoievskiano de carteirinha, me atrevo a dizer que é melhor que Recordações da Casa dos Mortos, do mestre maior de todos os tempos, F.M. Dostoiévski. E os ratos? Não lembro da participação deles, mas sempre recordo a capa da minha edição, do Círculo do Livro, que tem o desenho de um rato parecido com este que eu desenhei.
Buenas, certamente li mais livros que tinham ratos. Mas não estou lembrando deles agora, e além do mais esse blog é pra divulgar os meus lindos desenhos e não a minha vasta bagagem de leituras que me tornou este sujeito sensacional. Beijos.
Ah, na bela história em quadrinhos "Maus", do Art Spiegel, os ratos desempenham papel importante também. Mas aí eles são os mocinhos.
Poderia ter sido grande!
Essa turma aí eu desenhei quando uma luz baixou sobre a minha cabeça e disse: vai e desenha!
Infelizmente a luz se apagou em alguns meses e eu não consigo desenhar no escuro (faz mal pras vistas, como diz minha mãe).
Retrato do Artista Quando Imortal
E este sou eu. Ugly and Strong.
A verdade é que ultimamente o meu sangue é que está sendo sugado, mas eu tenho que manter a minha fama de mau.
sexta-feira, julho 28, 2006
Eu sou o homem do dinheiro
Isto é o TXAI, o "dinheiro" que circulou no último Fórum Social Mundial em Porto Alegre. TXAI significa, entre outras coisas, "Metade preciosa de mim" e "Parte de mim em você". Eu desenhei estas quatro cédulas. Acho incrível que a Casa da Moeda ainda não tenha me chamado.
O Crespúsculo do Macho
E agora, tchê? Não tem mais bois pra laçar, não tem mais cavalo selvagem pra correr egüada, não tem mais chimangos ou maragatos... e o amargo... amargo.
Veterano - Leopoldo Rassier
Está findando meu tempo
A tarde encerra mais cedo
Meu ombro ficou pequeno
E eu sou menor do que penso
O bagual tá mais ligeiro
O braço fraqueja às vezes
Demoro mais do que quero
Mas alço a perna sem medo
Encilho cavalo manso
Mas boto laço nos tentos
Se a força falta no braço
Na coragem me sustento
Se lembro tempo de quebra
A vida volta prá atrás
Sou bagual que não se entrega
Assim, no mais
Se lembro tempo de quebra
A vida volta prá atrás
Sou bagual que não se entrega
Assim, no mais
Nas manhãs de primavera
Quando vou parar rodeio
Sou menino de alma leve
Voando sobre pelego
Cavalo do meu potreiro
Mete a cabeça no freio
Encilho no parapeito
Mas não ato nem maneio
Se desencilho pelego
Cai no banco onde me sento
Água quente e erva buena
Para matear em silêncio
Neste fogo onde me aquento
Removo as coisas que penso
Repasso o que tenho feito
Para ver o que mereço
Quando chegar meu inverno
Que me vem branqueando o cerro
Vai me encontrar venta aberta
De coração estreleiro
Mui carregado de sonhos
Que habitam o meu peito
E que irão morar comigo
No meu novo paradeiro
quinta-feira, julho 27, 2006
Eu não faço, mas meus amigos fazem (I)
Olha só, minhas tentativas de pintar em camisetas foram um desastre, mas tenho amigos geniais que fazem isso bem feito.
Aqui, na Simius, você encontra camisetas pintadas à mão pela minha amiga Chica. Mais que a exclusividade das camisetas, o legal são os temas que ela escolheu: Love & Rockets, Valentina, V de Vingança, Sandman, Níquel Náusea, etc, etc...
De lambuja você pode dar uma olhada no site da banda dela, a Damn Laser Vampires, que tem na formação, além da Chica, o meu amigo Ronaldo (também desenhista) e o Marcos. O som é massa, ouça!
Eu não faço, mas meus amigos fazem (II)
E a minha amiga Maria Elvira e o meu amigo Patrick também fazem camisetas incríveis, com imagens originais de bandas de rock e filmes legais. A Mono já é velha conhecida da galera rock`n roll de Porto Alegre e até de fora do Estado. Se você não puder aparecer no próximo Mix Bazaar, dê uma olhada no site, vale a pena.
segunda-feira, julho 24, 2006
As mulheres que eu gostaria de ter traçado
O Hajime Sorayama é outro que dispensa apresentações. É uma briga feia na internet pra saber quem, entre ele e o Vallejo, é o mais conhecido. Suas mulheres de metal são uma espécie de marca registrada. A página do cara na internet tem poucos desenhos, mas existem centenas de sites com galerias dedicadas ao artista. Alguns poucos (mas fantásticos) desenhos do Sorayama podem ser visto clicando aqui >>>>>>>>>>> :-)
sexta-feira, julho 21, 2006
Aí, Machadão...
Machado de Assis é o bicho, não preciso dizer, claro. Esse desenho foi pra um projeto aí que (adivinha) não rolou. O nome do livro era "Contos de Escola", por isso o imortal de calção e tênis.
Capas de revista
Isto é o Adverso, revista da Associação dos Docentes da UFRGS. É editada lá na Veraz e de vez em quando faço umas capas pra edição. Eu me puxo, podem ter certeza. Não que isso seja garantia de um produto final legal (rs).
Eu, Miguel Sanches Neto e Bertrand Brasil
Te mete! Pelo menos neste post não vou ficar me lamentando "ah, não deu certo", "oh, desenhei e não foi publicado", "Putz, perdi meu tempo", etc, etc, etc. Esse livrinho foi um trabalho bem legal. Ei, Bertrand Brasil... olha eu aqui. Call me again, please!
As mulheres que eu queria ter traçado
Bah... agora sim, o meu preferido, o the best do desenho erótico. Não dá pra dizer que é o the best das pin-ups por que falta aquela malícia, aquela molecagem... Mas esse moço, o Alain Aslan, é o monstro sagrado do desenho de mulher pelada (no final das contas o nome é esse). Lindos, lindos, lindos... Como é que pode, Deus?
Mais desenhos nos sites que só o Telminho conhece (jura).
terça-feira, julho 18, 2006
Quadrinhos
Eu queria tanto, tanto, tanto ser um quadrinista famoso. Do tipo irmãos Hernandez já tava bom pra mim. Mas sou ter de me contentar em ser apenas mais um rostinho bonito na multidão (rs). Igual a esta história aí de cima, tenho mais um monte. É incrível o quando a gente olha pra trás e percebe que já teve ânimo pra certas coisas.
Biocombustível
Não, o carinha aí em cima não é o Paul Newman, também não é o Richard Dreyfuss... O homem se chamava Rudolph Diesel e inventou o biocombustível antes desaparecer em circunstâncias pra lá de misteriosas. O óleo diesel tem esse nome em homenagem ao cara.
Cartuns e outros...
Olha a elegância... Olha a sutileza do humor. Só tenho uma palavra pra isso: gênio.
sexta-feira, julho 14, 2006
As mulheres que eu tracei
Outros desenhistas
Eita... esse blog já virou casa da Mãe Joana. Entra todo mundo aqui. Agora, além dos the best do desenho erótico, de vez em quando vou publicar desenhos de outros caras que eu considere bons.
E o amigo aí é mais que bom. Bah, o cara tem uma técnica matadora. Parece que dá pra pegar nos desenhos. Tem mais caricaturas e desenhos neste endereço aqui ó.
Um dia eu termino
Admiro desenhistas que vão até o fim de um trabalho. Cara... eu desisto sempre. Faço aqueles desenhos mais rápidos, sempre em cima do laço, na Veraz, e não sobra ânimo pra tocar os projetos pessoais. O que eu tenho de histórias em quadrinhos inacabadas, bah... não tá no gibi. Não tá e nem nunca estará, pois eu não termino (rs).
Eucaliptos são do mal
Um eucalipto suga do solo 20 litros de água por dia. Dizem que nem sequer as formigas transitam onde tem eucaliptos. Não sou ecologista, não entendo nada de botânica... mas se especialistas chamam as plantações desta árvore de "desertos verdes", buenas... soy contra tambien.
Falando em técnica...
Bah... só eu mesmo pra ter coragem de botar um desenho destes logo acima de um do Boris Vallejo.
Mulheres que eu gostaria de ter traçado
O Boris Vallejo não precisa ser apresentado. Tô colocando o cara aqui pra ficar livre de uma vez (rs). Ele fez tantos quadros e tão perfeitos que chega a dar um certo cansaço. A técnica é fantástica, mas ele não é o meu preferido. De qualquer maneira, o cara é um monstro. Você tem chance de conseguir uma overdose de imagens clicando aqui ó: caracas, vai desenhar assim na...
quarta-feira, julho 12, 2006
Mudei o desenho...
Por motivos de discrição e tal, resolvi tirar aquela obra de arte que tava logo ali abaixo e substituir por esta. Uma pena... nunca um desenho meu foi tão "elogiado" (rs).
Este aí também tem alguns exageros anatômicos passíveis de críticas... mas é só uma caricatura, qualquer semelhança com alguma mocinha que exerça a mais antiga das profissões é mera coincidência. Eu juro.
terça-feira, julho 11, 2006
Mais uma capa de um livro que não saiu
Vale é pela idéia. Sei que o desenho não tá grande coisa. Caracas... fiz milhões de desenhos. Eram pra um projeto do MEC. O prazo tava enforcado. Eu entrava noites a dentro desenhando. Acordava muito cedo (e era inverno). Nunca trabalhei tanto. Foi uma graninha mais ou menos... mas a trabalheira não serviu pra nada.
Inútil HQ
O tipo de coisa que só eu mesmo poderia fazer: uma história em quadrinhos sem roteiro. Deu vontade, e eu fui desenhando. Agora faz anos que penso em botar diálogos, mas não me ocorre nada.
Contra o imperialismo
Teve uma época em que, de cada três ilustrações que eu fazia, quatro eram malhando o capitalismo selvagem norteamericano. Eu sei, eu sei... o mundo não é redondinho, tem muito mais coisas erradas por aí (o próprio Brasil é imperialista aqui na América do Sul), mas os caras ainda são os malvadões-mor. Não sei bem o que disse o Fukuyama, mas do jeito que as coisas vão, acho que realmente chegaremos ao fim da história. Um final não feliz, diga-se de passagem.
sexta-feira, julho 07, 2006
O dia em que eu pensei que o mundo ia acabar!
Desenho que fiz pra capa do Adverso sobre o 11 de setembro. Não sei quanto a vocês, mas eu nunca vi coisa mais fantástica do que aquilo. No filme "As Invasões Bárbaras" dá pra ver bem de pertinho. Mas o filme é tão lindo que a gente até esquece desta parte.
Projetos naufragados
Snif, snif... Um dia eu, o Emerson e o Itamar planejamos um site que teria quadrinhos, contos, desenhos diversos, dicas de jogos, informática, animação em flash e, quem sabe talvez quiçá... ensaios fotográficos tipo o The Girl, o Bella da Semana e outros. Tinha até este desenho aí, pra página de abertura. Mas num deu. Shit!!!
Capas de livros
Livrinhos do Lionel. Deram trabalho, ufa! Tô precisando de uns frilas desses novamente. Mesmo que seja pra um proselitista como o Hohlfeldt. Bom, o cara entende de literatura, o que sempre redime um pouco uma pessoa.
Mulheres que eu gostaria de ter traçado
Peguei na rede este texto aí de baixo explicando quem é o gênio que fez este desenho.
Tem mais criações perfeitas do cara aqui
Alberto Vargas, o gênio do desenho
Nos anos 30, a revista americana Esquire já trazia na sua primeira edição desenhos de apetitosas pin-ups, assinados por George Petty, Gil Elvgrene, Earl Moran e Edward Runci e Zöe Mozert. Mas o peruano Alberto Vargas destacou-se entre todos como um gênio das ilustrações de deliciosas mulheres, criando um estilo próprio, sensual e requintado.
Filho de um fotógrafo, Vargas chegou aos Estados Unidos em 1916. Em 1930 casou-se com a modelo Ana Mae, uma das beldades da época e também sua musa. Durante 12 anos desenhou as dançarinas do teatro de revista Ziegfeld Follies para cartazes e programas. Ziegfeld proibia qualquer toque vulgar, o que estimulou Vargas a desenvolver o seu requintado estilo.
Ele criou cartazes para filmes de Hollywood, trazendo as estrelas em poses insinuantes. Retratou as deusas sexuais do cinema americano, como Marilyn Monroe, Ava Gardner e Jane Russel. Na década de 40, as Vargas Girls passam a ser publicadas pela Esquire, fazendo estrondoso sucesso. As garotas dos sonhos, com suas longas pernas, cativaram homens de todo o mundo. O encontro com Hugh Hefner em 1956, editor e dono da Playboy americana é definitivo e resulta numa parceria feliz e produtiva até 1978.
Vargas entra para a história como um dos gigantes da ilustração e morre em 1982, aos 77 anos. Ele era a última chama que mantinha aceso o fogo original das pin-ups. Desde então, o universo pin-up está sempre sendo revivido, nas fotos de moda, nas histórias em quadrinhos e no cinema.
terça-feira, julho 04, 2006
Diretamente da Biblioteca de Babel...
Acho que este é o meu melhor desenho. Pra quem não conhece, o incomparável Jorge Luís Borges.
As Mulheres Que Eu Tracei!!!
Eita... essa morena deu trabalho, mas depois de muito esforço, consegui traçá-la. Foi pra uma matéria sobre permacultura, uma coisa que está revolucionando conceitos. Tem a ver com tudo: arquitetura, energia, alimentação, comportamento, ecologia, educação... Vale a pena saber mais.
segunda-feira, julho 03, 2006
...
Vocês já viram quantas aliterações tem no nome "Cidade de Deus"?
Ótimo filme! "Dadinho é o caralho... meu nome agora é Zé Pequeno"
Massa, massa, massa.
O que o desenho tem a ver com isso? Nada... Deu vontade de comentar.
Peixe psicodélico
- Sabe o nome do peixe que caiu do oitavo andar?
- Ahhhhhhhh... tum!
Tudo é tão engraçado, não?
